Quem sou eu

Nada mais sou do que uma jornalista pernambucana, em busca de experiências e boas histórias para contar.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O sabor de ser um veterano (veterana)

Para muitos um reencontro com bons e velhos amigos, para outros um reencontro consigo mesmo, para todos um novo encontro com o atleta que existe dentro de cada um.

Desabrochar, farrar, encontros, desencontros, surpresas, conquistas, decepções, retomada de um tempo que passou, mas nunca se foi. Intimidade, principalmente com ela, a bola. Objeto que nos une, nos encanta, faz com que viremos bicho na quadra contra o adversário e, também, com nossos próprios companheiros.

E, na quadra, lembranças vão e vêm. A cabeça manda, o corpo já não obedece. Mas os velhos e novos companheiros estão lá, na torcida... São o sexto jogador (fora o técnico, é claro) que nos empurra, irrita o adversário, nos enche de autoestima e confiança.

O propósito, o objetivo coletivo é único: não deixar de ser atleta. Os individuais... hum, esses são tantos. Desde os mais singelos aos mais complexos (que diga nossas atletas-doutoras da "mente" Juliana e Neide).

Superar dores, matar a carência dos amigos, curtir um pouco mais a vida, esquecer que o tempo é inexorável, reencontrar alguém que perdemos sem querer nas curvas da vida, mostrar para nós mesmos que estamos vivos... Bom cada um tem o seu(s) motivo(s) a mais.

Para mim, um marco. Um recomeço em muitos aspectos. Mais uma oportunidade que a vida me deu de aprender um pouco mais. Sempre acreditei que atleta não tem idade (atleta, e não peladeiro), é tudo igual... 30+, 40+, 50+...


Não importa. Estamos sempre torcendo e zelando um pelo outro. Afinal de contas, sabemos a dor de uma derrota, o medo de uma lesão, o gosto de uma vitória. Compartilhamos sentimentos e emoções iguais que só o esporte pode ensinar de forma coletiva.


Acredito que em algum lugar desse texto nos vemos. Que esse sentimento não morra, não se dilua... Obrigada por receber as 30+.
Caia, Tereza e Ju...sem vocês eu não poderia escrever, nem sentir isso agora, muito menos reencontrar o carinho de Bianca, a afinidade com Adayla, a alegria de Titão, o companherismo de Americana, a admiração por Fátima, a tagarelice (na boa, viu?) de Sídia, nem conhecer a guerreira Edmary.

Também não reencontraria meus doces e maravilhosos técnicos Carmé (para quem não sabe fui dama de honra dela) e Seu Pezão; nem meus ídolos Patrícia Paula e Ricardão.


Obrigada também por permitirem grudar como um preguiça (é o meu jeito mesmo) em Eneida, Mione, Tia Bel, Mano, Seu Pinto, Otávio, Isabel, Portuga...e tantos outros.


Valeu, contem comigo!

Beijos,

Manu



(Texto publicado dia 3 de dezembro, no Blog de Jamildo)

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