Seguindo o rastro do mar e o som das ondas da praia de Maracaípe, partimos para refazer o caminho da história perdido entre os segredos da natureza. A praia, que em tupi guarani, significa rio que canta, por conta do som provocado pela pancada da água na vegetação do mangue, tem cravada em seu passado os grilhões do tráfico de escravos.
Quando foi decretada no Brasil, em
Os negros desembarcavam no Pontal de Maracaípe e seguiam com os feitores por dentro do manguezal. A fartura e o tipo da flora, explica porque esse foi o caminho escolhido pelos contrabandistas. Para os aventureiros e curiosos do hoje proteger-se do sol e dos mosquitos é fundamental.
Para os desavisados a fauna exuberante pode dar medo e andar na lama parece mesmo tarefa só para caranguejo. Além dos traficantes o caminho também era usado por outros habitantes. Como os jesuítas que aproveitavam a maré cheia para batizar os índios Caetés que povoavam a região. Hoje os que querem apenas um contato mais íntimo com a natureza e a história recolhem os restos dos que não sabem contemplar sem degradar.
Igreja do Outeiro
Depois de andarmos meio quilômetro pelas vielas do mangue, entramos no caminho da mata atlântica. Até a Igreja do Outeiro, local onde os atravessadores aguardavam os negros, mais um quilômetro e meio.
As folhas secas tomam conta da trilha. O esconderijo perfeito para cobras também é o alimento da mata. E ela presenteia o homem com cactos, bromélias, árvores, frutos e folhas exóticas. Do alto da igreja, avistamos o Pontal de Maracaípe, a Ilha de Santo Aleixo e Porto de Galinhas.
As folhas secas tomam conta da trilha. O esconderijo perfeito para cobras também é o alimento da mata. E ela presenteia o homem com cactos, bromélias, árvores, frutos e folhas exóticas. Do alto da igreja, avistamos o Pontal de Maracaípe, a Ilha de Santo Aleixo e Porto de Galinhas.
Banho refrescante
Chega a hora de descer e conhecer a segunda trilha utilizada pelos traficantes quando a maré estava alta. Fazemos o caminho inverso dos escravos. Primeiro avistamos e percorremos toda a exuberância da mata atlântica, no chamado Túnel dos Escravos. Depois nos refrescamos no Banho das Serpentes. Lugar onde os navios atracavam e os negros eram desembarcados.
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