
Quidam, que segundo o dicionário significa um indivíduo sem importância, conta a história de uma jovem garota que, ignorada pelos próprios pais, percebe que a vida está perdendo todo o seu significado. Sua raiva perante as coisas que já viu e passou, torna-se uma arma na autodestruição do seu pequeno mundo. Nessa história, a garota é seduzida com o maravilhoso, o inquietante e o assustador.
A produção do evento é deslumbrante e numerosa. Cerca de 250 figurinos, 200 pares de sapatos e 500 objetos de cena, além de uma ousada estrutura de palco, som, luz e efeitos especiais. O público não sai da sessão sem, ao menos, se maravilhar, por exemplo, com a lona do circo que simula o céu da noite, o efeito sonoro que imita o sobrevoo de um helicóptero e o chão do picadeiro que gira.
Em cada apresentação do circo trabalham mais de cinqüenta artistas, entre eles acrobatas, malabaristas, palhaços, atores, músicos etc. Pessoas do mundo inteiro. São mais de quinze nacionalidades.
No entanto, essa grandiosidade teve um preço caro para Pernambuco. Na montagem da estrutura física do circo, foi necessária a retirada da vegetação plantada e estabelecida há mais de dez anos no local. Além disso, foram aterrados quadras esportivas e um campo de futebol que serviam para movimentos culturais e sociais na região e houve uma diminuição do terreno do Espaço Ciências (museu destinado a assuntos científicos).
Sobre os prejuízos sócio-ambientais, o Governo de Pernambuco afirmou que para cada árvore derrubada serão plantadas três novas mudas. E que o Soleil se compromete a reconstruir o campo de futebol e as quadras demolidas. Mas, para muitos, isso apenas amenizará os danos.
O Cirque du Soleil chegou a Pernambuco há quase um mês, e parte agora rumo à Bahia – o terceiro estado nordestino que receber a turnê (o circo já havia passado pelo Ceará) - para levar a magia do circo moderno a outros públicos.
Postado por Mateus Araújo, colaborador.
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